quinta-feira, 15 de novembro de 2007

XAPLIN

Xaplin ( a segunda da esquerda P/ direita ) e algumas esculturas


Este blog apresenta uma mostra dos últimos trabalhos.
Meu atual trabalho é a série ESPÉCIE HUMANA , que inclui desenhos-
litografias e esculturas.

http://www.xaplin-especiehumana.blogspot.com


(início da série, exposição no
Jardim Botânico-de 10 de Setembro a 11 de Novembro/2007)

endereço para contato : xxaplin@yahoo.com.br


obrigada por sua atenção
um abraço

Xaplin- 15 de novembro /2007
desenho
xilogravura


durante o trabalho de construção da ARCA DO ARROIO DILUVIO
Dentro da Arca do Arroio Diluvio- Cavalcanti- Nakle- Xaplin
Câmara Municipal de Porto Alegre

Adriana Xaplin expõe litogravuras na Clébio Sória

A Magia da Pedra é a exposição de Adriana Xaplin que pode ser visitada até sexta-feira (19/10) na Galeria Clébio Sória da Câmara Municipal de Porto Alegre (Avenida Loureiro da Silva, 255). A artista apresenta 17 litogravuras que têm a figura humana como tema, acompanhadas de texto do gravador Paulo Chimendes, seu professor no Museu do Trabalho em 2006.

Conhecida pelas esculturas enormes de resina e ferro, com nuanças expressionistas e enfoque social, nesta exposição Adriana revela seu encantamento pelos efeitos da litografia - técnica que utiliza pedra calcária como matriz. “As imagens surgidas do trabalho da mão confrontando-se com a matéria são magia pura, o despertar nos veios gravados”, afirma. “Cada gravura representa o novo, novo em imagem, novo em particularidades, novo em temporalidade.” Um dos objetivos da mostra, segundo a artista é, justamente, “manter vivo” o interesse pela litografia.

Nascida em 1960, em Porto Alegre, Adriana freqüentou cursos no Atelier Livre (com Carmen Moralles e Fabrício Lopes), Museu do Trabalho (com Paulo Chimendes, Gustavo Nakle e Caé Braga), na Usina do Gasômetro, no Museu de Porto Alegre, na Casa de Cultura Mario Quintana, no Instituto Estadual de Cinema e com o gravador Antonio Augusto Bueno. Expôs, individualmente, no Mercado Público (2007), na Galeria Arte & Fato (2006), na Câmara, na Ufrgs e na Ulbra, nestas em 2005. Até 28 de outubro, a artista apresenta a mostra de esculturas Espécie Humana no Jardim Botânico.

A exposição a Magia da Pedra pode ser visitada na galeria Clébio Sória, Câmara Municipal de Vereadores das 9 às 18 horas, de terça a quinta-feira, e das 9 às 15 horas no último dia. Informações na Assessoria de Relações Institucionais da Câmara, telefone (51) 3220-4392.

Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)

A MAGIA DA PEDRA

' A litografia é uma das técnicas de gravura que permite maior gama
de moldes de desenho sobre pedra. Nesta variedade surge uma artista.
Seu desenho expressionista consegue colocar toda emoção no trabalho
de litografia. Xaplin é muito dedicada e certamente terá um futuro de muitas realizações nas
técnicas visuais que melhor revelem seu imaginário poético "

Paulo Chimendes
Artista plástico e Litógrafo
pchimendes@yahoo.com.br




quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Jardim Botânico PDF Imprimir E-mail

A Bienal B, em apoio à esta importante iniciativa que une arte e ecologia, convida você a conhecer e ter um agradável passeio por este Espaço B:

Jardim Botânico de Porto Alegre

Em comemoração dos 49 anos, o JARDIM BOTÂNICO DE PORTO ALEGRE- RS promove a Exposição Espécie Humana da escultora porto-alegrense Adriana Xaplin, que expõe quarenta e nove trabalhos, na grande maioria, esculturas de grande porte. A espécie humana é uma amostra diferenciada por sua proximidade com o público e por seu enfoque voltado ao enriquecimento sócio-cultural das comunidades.

O Jardim Botânico possui uma área total de 41 hectares e foi criado em 1953, abrindo a visitação ao publico em 1958. O espaço é umaárea protegida contendo coleções de plantas vivas, cientificamente mantidas, ordenadas, documentadas e identificadas. A Fundação Zoobotânica é uma entidade que tem como missão a preservação e conservação da biodiversidade nativa do estado. Atua na área da pesquisa. Conservação, educação ambiental, cultura e lazer.Um desafio espera a humanidade nos próximos anos: conciliar tecnologia com um ambiente sócio-biologico equilibrado.

A exposição Espécie Humana tem como tema a figura humana e sua situação no planeta.
A vida na terra representada de forma escultórica como uma soma de faunas e floras, sem fronteiras, nem áreas geográficas, desvenda a beleza do ser humano, sua singularidade, liberdade e capacidade de superação. Codificando plasticamente figuras de grande porte, com variações de nuances dramáticas, oscilando com outras formas leves e bemhumoradas. Com raízes de sentimentos e decisões da humanidade, são o que ligam esses personagens como criaturas oníricas descortinando a imagem oculta da artista.

O Jardim Botânico fica na Rua Dr. Salvador França, 1427, no bairro Jardim Botânico, em Porto Alegre.

adriana xaplin

adriana xaplin

A Espécie Humana
Esculturas
Jardim Botânico de Porto |Avenida Salvador França, 1427
Visitação até 28 de outubro de 2007


Sites : http://xaplin-especiehumana.blogspot.com/

Instalação CAMPO MINADO

Bienal B segue no Mercado Público Central de Porto Alegre

Espécie Humana

Há de fato uma natureza humana, um homo natural, tantum, quando a linguagem falta ou quando um vazio se abre e a gente se mantém no limite, a beira da fenda no abismo.
René Schérer

Há milhões de anos, uma espécie desacochegava-se do seu Nicho natural e partia em busca de segunda natureza. Um intelecto refletia, inventou-se o colóquio, a interrogação e a prece. O humano e sua fala, sujeito e objeto das Ciências Humanas! Sede de vozes. Quem era capaz de inserir-se em tantas expressões de conhecimento? Fluxos de desinteresse fatiaram o humano. Houve solidão nesta jornada, vinculada a Dionísio e Apolo. Milhões de muitos bilhões de indivíduos repetem esta experiência, cantam à alegria e o sofrimento de seu labirinto, limitado entre o nascimento e a morte, estética de existência condicionada ao eu-para-si e para o autovivenciamento.

As esculturas de Adriana Xaplin reconstroem com ousadia e sem modismos caminhos e labirintos de conexões de uma espécie que exige um corpo como experiência. Obras que existem por si. Estética que captura a potência de um ser sensível e puro que busca na outra forma possível o retorno para as possibilidades de vida. Na cartografia da exposição revelam-se fendas e micros fendas de um "nevous sistem" que comportam um estado infinito de ondas, transformações, deslizamentos e velocidades das vivências da artista. Mãos calejadas que em tantos signos e expressões convidam o público a brindar o devir mágico de ser espécie. Espécie Finitamente Humana.

Lisete Bertotto -escritora e educadora




Fotos: Antonio A. Bueno (Divulgação)

Mais informações, no blog da artista:

http://xaplin-especiehumana.blogspot.com/
Bienal Do Mercosul & Bienal B: Essa Poa É Boa - II, Porto Alegre, RS · 01/9 a 02/12
s
POA - Vista aérea do Parque Farroupilha - (ao fundo, o Delta)
Arca Do Arroio Dilúvio - Gustavo Nakle e os Arcanautas
Espécie Humana - Adriana Xaplin - Bienal B
Zero Hora - Contracapa
Esculturas Skatáveis - Galeria Adesivo - Essa Poa é Boa
Lima & Silva - foto - Adreson - Bienal B
(continuação do post anterior)


Bienal B:

www.bienalb.org

Mostra alternativa à 6ª Bienal do Mercosul, organizada de forma independente, agregando mais de trezentos participantes, ocupando em torno de vinte e cinco espaços na cidade: galerias de arte, bares, Aeroporto, Mercado Publico, etc. Além das exposições, mostra de vídeo-arte, fotografia, promove diversas atividades paralelas, como performances, talk-shows e encontros com os artistas.

Exemplos de três espaços mais centrais:

- Beco 203 - cenário da cultura underground, mantém o Beco Cultural, espaço para a Cultura e a Arte. Alê Souto, Cristina Marostica e Caroline Weinberg. Das 16:00 às 24:00 hs. Av. joão Pessoa, 203. www.beco203.com.br - tel. (51)84047077, com Vitor.

-Salão de Exposições do Escritório de Turismo de Porto Alegre - obras de vinte e três artistas com as mais variadas temáticas.
Travessa do Carmo, Largo Zumbi dos Palmares.

- StudioClio - Instituto De Arte & Humanismo - é um espaço voltado ao prazer do conhecimento. Mostra de video-arte de Elise Hill, que se utiliza do efeito "negative art". - José do Patrocínio, 698.
www.studioclio.com.br


Essa Poa É Boa:

Privilegiando artistas locais, agrupando nomes consagrados e jovens grafiteiros, num total de 224 participantes reunidos em doze projetos coletivos, Essa Poa É Boa se constitui como uma reação à internacionalização da Bienal.

Gerida em regime cooperativo, financiada com recursos próprios - inclusive com a venda promocional de obras como forma de arrecadação - e alguns apoios, a mostra se desdobra numa diversidade de conceitos e formatos: desde grafites, desenhos, cerâmicas, fotografia, pintura, esculturas, e até poesias. Uma instalação que se transforma em pista de skate, intervenções transformadoras na paisagem do Bairro Navegantes, e oficinas junto à comunidade. Quando a Arte intervém no espaço concreto e produz transformação, completa o seu ciclo e se realiza plenamente.

Entrar no prédio de 3.400 metros quadrados da antiga tecelagem é um mergulho prazeroso no universo da Arte, um olhar sobre aquilo que além de proporcionar prazer estético, é questionador e provoca reflexão.

"Nossa proposta é socializar a Arte, chamar a comunidade para participar", resume Maria Tomaselli, uma das âncoras do projeto. Esse post se constitui numa tentativa de atender a esse chamado irrecusável.

Enfim, a soma de todos estes eventos são um exemplo feliz - criador e criativo - de como a diversidade, a fricção entre as diferentes concepções estéticas e do fazer artístico, pode se converter em enriquecimento para o artista e, por via de consequência, em ganho para o espectador, o cidadão, entre os quais eu me incluo.


(linck para a primeira parte da matéria:
www.overmundo.com.br/agenda/bienal-do-mercosul-bienal-b-essa-poa-e-boa-i )

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Terça-feira, Agosto 29, 2006

CARTA PARA ADRIANA

A individual de Adriana Xaplin na Arte&Fato reúne grandes resinas e pequenos bronzes(foto de Paulo Roberto Silva dos Santos)

Em “Carta a um Jovem Poeta”, o imortal Rainer Maria Rilke nos diz que “as obras de arte são seres misteriosos cuja vida perdura, ao lado da nossa, efêmera.” E que “a critica de arte é impossível porque a maior parte dos acontecimentos é inexprimível e ocorre num espaço onde nenhuma palavra nunca pisou.” Mas ele acredita,como eu, que se possa falar sobre os artistas e, como foi consultado pelo valor de algumas poesias desse jovem poeta, a quem a carta é destinada, depois de alguns preparatórios e (in)úteis conselhos,dispara: - “Ninguém o pode aconselhar ou ajudar, - ninguém. Não há senão um caminho. Procure entrar em si mesmo. Investigue o motivo que o manda escrever; examine suas raízes pelos recantos mais profundo de sua alma;confesse a si mesmo: MORRERIA SE LHE FOSSE VEDADO ESCREVER?”
E aqui estou eu com uma questão inversa a de Rilke.Inversa porque estou frente a obras de uma pessoa que não procura aconselhamento e ajuda fora dela mesmo para criar; portanto incorruptível. Estou diante de uma pessoa que busca sua inspiração dentro de sua própria alma. Estou diante de uma pessoa que morreria senão pudesse produzir suas criações. Essa é a composição da vara decondão que transforma o que fazes em arte. E transforma minha missão de apresentar tua primeira exposição individual em pura emoção e deleite.
Com carinho,
Júlio Campos.
Psicanalista/Coordenador do Grupo CRIAR

Sexta-feira, Agosto 18, 2006

COMEMORANDO COM ADRIANA

-
Quem foi conhecer as figuras gigantes de Adriana Xaplin na Arte&Fato foi surpreendido pela ousadia e dominio técnico da escultora..A série Platôs,em resina e ferro, demonstra o talento desta nova artista gaúcha. Também mereceram elogios os pequenos bronzes, em especial, um criativo jogo de xadrêz.Entre quem por lá circulou: Ana Aita,Júlio Ghiorzi,Beth Mello,Otto Sulzbach, Daliana Mirapalhete,Joao Leiphzig, Rejane Dippe Rodrigues, Luis Affonso, Juliana Bassani,Adauany Zimanski,Gerson Reichert, Elaine Goya,André Venzon,Júlio Campos(autor do texto do convite), Martha Pozueco,Gabriel Netto,Nicole Kunzler,Estella Pallucci,Amilton Fernandes,Lidia Fabricio,Paulo Chimendes e Eleusa Moraes.Ao final do vernissage,um "parabéns a você" para Adriana antecipando seu aniversário, comemorado no dia seguinte

Quarta-feira, Agosto 16, 2006

PLATÔS


PLATÔS denomina-se a individual que Adriana Xaplin inaugura hoje,16 de agosto, na galeria Arte&Fato.A mostra reúne 5 (cinco) figuras em resina de grande porte, um jogo de xadrez e 10 pequnos bronzes.As esculturas grandes, de quase dois metros de altura, são criações que surgiram de sua pesquisa em livros de anatomia e confeccionadas com materiais agregados como: resina: arame, madeira, cerâmica e ossos...Segundo a escultora:"Constituem pedaços de realidade extraídos da alma e aquietados na arte.Os pequenos bronzes, que seguindo a mesma linha formal, compõem outros "platôs", onde o tempo, alheio às coisas mundanas joga sucessivas partidas, séculos após séculos...As peças, sem clemência, como numa partida de xadrez, demonstram o brincar, o desfrutar e também o sofrimento humano.Pertencemos ao jogo do tempo".A exposição pode ser visitada até 02 de setembro, de segunda a sexta,das 14h as 18h, sábados das 10h as 13h..

Terça-feira, Agosto 08, 2006

ESCULTURAS DE XAPLIN


Grandes resinas e pequenos bronzes estao reunidos na mostra deesculturas que Adriana Xaplin ( na foto a esquerda com os artistas Beth Mello, Gustavo Nakle, Maia Menna Barreto e Antônio Augusto Bueno) inaugura no próximo dia 16 deagosto, as 19h, na Arte&Fato. A série denominada PLATÔS é resultado dotrabalho que a escultora portoalegrense desenvolve há vários anos,resultante de diversos cursos realizados no Museu do Trabalho, comGustavo Nakle e Caé Braga. Sua iniciaçao em arte foi em 1992 noAtelier Livre com Carmen Moralles. Só em 2002 começou a participar decoletivas e ano passado realizou suas primeiras individuais.Nesta exposiçao podem ser vistas figuras em grande formato comestrutura de ferro e resinadas, lado a lado com pequenos bronzes,alguns deles, utilitários, como é o caso das criativas peças de umjogo de xadrez.A mostra poderá ser visitada de segunda a sexta, das14h as 18h e sábados, das 10h as 13h, até o dia 02 de setembro.

sábado, 3 de novembro de 2007

Natureza Morta

Lançando mão de materiais pouco nobres como a resina e o arame, crio figuras humanas onde a forma expressiva é a minha maior busca no sentido de criar um trabalho de grande força visual. Minhas esculturas parecem sair de um mundo onírico que retrata figuras escatológicas que tanto podem pertencer ao passado como ao futuro do ser humano.
A arte expressionista, emocionante e solitária na alma do artista, mas que permite o diálogo e a força para emocionar multidões, foi o veículo por mim encontrado para modelar esta instalação denominada "Natureza Morta". Sei que a imagem é aterradora, porém, o que me levou a conceber esta peça está muito próximo de nós todos: é a inspiração no ciclo dos humanos inteligentes que em passos gigantescos da era da evolução tecnológica agridem a natureza e por conseqüência também a si própria.
Método:
Trabalho partindo do espaço incolor e vazio preencho a peça com formas que vagam na minha mente que sonha acordada. O avançar até a forma é um misto de modelar, observar, prazer e dor. Vou ao fundo buscando conhecimento no meu universo limitado, descortinando o que meus olhos vêem e lêem, o que meus ouvidos escutam, tentando encontrar o mais importante e que não tem limite: o sentimento que me leva a fazer arte.

Instalação NATUREZA MORTA

crédito/foto Antônio Augusto Bueno

XAPLIN


A EXPOSIÇÃO LINHA TÊNUE teve a itinerância de dois anos

de 22 de setembro de 2005 a 17 de junho de 2007

exposição no SESC- Centro

LINHA TÊNUE- forte Zeca Neto- Camaquã- RS

março de 2007
17 esculturas

EXPOSIÇÃO LINHA TÊNUE- Câmara dos Vereadores- Porto Alegre

de 23 de dezembro 2005 a 22 de março 2006
17 esculturas

O PESO DA FOME

outdoor-selecionado no atelier livre da prefeitura- exposto na av Érico
Veríssimo

EXPOSIÇÃO LINHA TÊNUE

XAPLIN
FACED- UFRGS
de 22 de setembro a 22 de dezembro/ 2005
texto Linha Tênue: LISETE BERTOTTO
lisebclise@gmail.com

Exposição LINHA TÊNUE comemorativa aos 35 anos da FACED- UFRGS

Xaplin expõe 35 esculturas no campus e nos nove andares da
faculdade
Dionisio- Terceiro andar da FACED
procurante
Escultura Dormir e acordar
Escultura- Sobreviva- saguão de entrada FACED- UFRGS
Lisete Bertotto Corrêa
Exposição de Esculturas de Adriana Xaplin
"O verdadeiro não é o elemento do pensamento. O elemento do pensamento é o sentido e o valor. As categorias do pensamento não são o verdadeiro e o falso, mas o nobre e o vil, o elevado e o baixo, consoante a natureza das forças que se apoderam do próprio pensamento. Do verdadeiro e do falso, temos sempre a parte que merecemos: existem verdades da baixeza, verdades que são as do escravo. Pelo contrário, os nossos pensamentos mais elevados constituem a parte do falso; mais ainda, não renunciam nunca a fazer do falso um elevado poder, um poder afirmativo e artista, que encontram na obra de arte e a sua efectuação, a sua verificação, o seu tornar-se verdade. (DELEUZE, 2000, p . 157-158)"
.
As transformações contemporâneas colocaram o conceito ao lado da arte como processo de produção. Arte como conceito ou como criação, desafiam a criatividade numa guerra sem limites entre a estética possível e a estética pensada.
Linhas reais e imaginarias separam Apolo de Dionísio. Fissura barulhenta e silenciosa que condena a vida na vida, a morte na vida e a vida na morte. Uma decisão para machucar, ferir e fraturar nossas possibilidades de existência. Sem chance para conciliação: Apolo ou Dionísio. Uma direção para viver de forma dionisíaca não nos livra de Apolo, sempre nos cobrando um princípio ordenador da matéria. Enquadrar em formas telúricas possíveis os contornos profundos e definidos de materialidade para enfrentamento de um cotidiano caótico. Abandonamos Dionísio! Um alto preço a pagar! Flertarmos com as ilusões da organicidade, nos escondemos na dobra do higeanismo, da segurança dos afetos e das conquistas matérias. Até que... A embriagues de Dionísio nos chama com selvageria para participar de um ritual de comunhão entre as pessoas e a natureza. Perdido no sulco das linhas, o humano coloca na estética o desespero de suas possibilidades. Com Apolo, choramos o luto pelo abandono de Dionísio, com suas possibilidades de prazer e êxtase. Com Dionísio, padecemos a dor pela ferida faminta de materialidade, pois só o banquete mágico não nutre nosso corpo. Entre a consciência dionisíaca e a apolínea estão as linhas, acessadas por infinitos rizomas, caminhos de arte, sexualidade, mentalismos e outras transcendências.Largar fardos pesados que nos levam ao caminho da impotência. São escolhas, linhas a serem transpostas, retorno e avanço que refletem a paisagem humana na estética possível que capturamos do nomadismo e a aprisionamos na forma que chamamos arte.

FORUM SOCIAL MUNDIAL/ Porto Alegre- 2005

MAC- museu de arte contemporrânea crédito/foto Antônio Augusto Bueno/2005

CICLO DA VIDA

O Ciclo da Vida
Adriana Xaplin
"Morre no mundo aproximadamente uma criança de desnutrição a cada cinco segundos e nasce um bebê abaixo do peso normal a cada três segundos."
FONTE: Relatório O estado da criança no mundo, divulgado pelo Fundo> das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) - DEZ/2004

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

USINA DO GASÔMETRO-Porto Alegre- 2004

Adriana Xaplin, Antônio Augusto Bueno e Daliana Mirapalhete
esculturas e desenhos, regras libertárias disfarçadas em livres intenções

Local: Usina do Gasômetro – Av. João Goulart, 551- P.Alegre / RS
Visitação de 28/07 a 28/08/2004 - de terças a domingos,das 9h às 21h

A exposição de esculturas e desenhos - regras libertárias disfarçadas em livres intenções, de Adriana Xaplin, Antônio Augusto Bueno e Daliana Mirapalhete, é composta por trabalhos em grande formato ocupando o espaço do mezanino da Usina do Gasômetro em Porto Alegre.

Adriana Xaplin mostra trinta esculturas em resina e arame, figuras humanas de tamanho maior que o natural caracterizadas por um grande grau de dramaticidade.
Contatos com a artista

Antônio Augusto Bueno mostra trinta desenhos sobre tecido onde o tema único é a cabeça humana, desenhos com excesso de linhas que fazem com que além da figura humana apareçam novos elementos dentro da cabeça. Além dos desenhos Antônio Augusto também mostra oito esculturas em resina, de figuras humanas de tamanho natural.
Contatos com o artista

Daliana Mirapalhete mostra dez esculturas fazendo uma mescla de materiais sintéticos com orgânicos construindo figuras que são uma mistura de elementos humanos, vegetais e animais.
Contatos com a artista

Essa será a terceira exposição do grupo que fez a primeira em 2002 no museu ONG Balleana Australis, no Chui, praticamente na fronteira do Brasil com o Uruguai, a segunda no ano passado na Casa de Cultura Mario Quintana.


Regras libertárias disfarçadas em livres intenções
Luís Filipe Trois Bueno e Silva


Fala-se para o mundo poder ouvir
mas nenhuma descrição poderia,
apenas ela, oxigenar os poros da
inteligência e da sensibilidade.

Outra alternativa é (im)possível.
Correr-se-ia, então, o risco de transformar
estas palavras (des)pretensiosas
e fraternas em
afirmações diluidoras, imbecis,
nauseabundas, absolutas
e brutais.

Não. Ao contrário. Quer-se o oposto disso tudo -
e sinceramente.
Temos em vista pois o contato direto,
tête-à-tête e sem máscaras,
contudo - por favor ! –
com todas as máscaras do mundo !

Mas, (...) por falar em máscaras,
onde andarão nossos sorrisos ocultos,
nunca usados
(inéditos)
e esquecidos ?

- Olhem para estes ao redor,
e pensem e sintam
o que quiserem.
Ou, se preferirem -
em cheio recomendo:
aproveitem e
sorriam de fato.

- Por que não?

Vejam agora, (...) todos os rostos!
Todos os corpos.
Cada um deles.
Apenas isso e tudo mais.

Enfim,
depois (...),
alguém, de permeio,
poderá – quem sabe?-
falar (com os seus botões) sobre as remotas gárgulas
e recordar algum inesquecível pesadelo
ou alguma outra e
determinada
e singularíssima possibilidade -
não sei,
mas assim gosto e
faço questão de acreditar.

De resto,
trata-se,
na verdade,
de nós mesmos,
de mim mesmo.

Sim,
vale dizer:
é o eterno momento
destinado a ser
feito
e desfeito com o tempo.
Só ele,
este
e todos os outros.

Por outro lado,
estamos lá,
Aqui, ali
e
ainda assim
– para o nosso contínuo espanto –
não estamos,
parece que jamais estamos
em parte alguma,
em tempo algum.

Atenção porém
– importantíssimo !! –
não nos desesperemos sob nenhuma hipótese !
O caos precisa gostar dele mesmo para ser criador.
Pois a doce ilusão que nos anima - e faz sentido - vem daí.

Depois disso, acima de tudo,
lá adiante (ou muito aquém) da boa e leve melancolia,
da desperdiçada intensidade,
do ridículo a ser destemidamente enfrentado,
do enorme cuidado,
da displicência elegante e deselegante,
da vergonha que não é timidez,
do medo que sempre nos espreita,
do narcisismo altruísta,
da insignificância de certas coisas tolas,
da bondade a toda prova,
da incrível destreza diante do deveras difícil,
do afeto incondicional,
do silêncio que não diz nada,
do silêncio que diz tudo,
do voluntarismo inteligente e inconformista
e, infelizmente, do horror que existe,
há toda a beleza incompleta deste mundo,
há a mão do homem que molda o mundo,
há o indizível.